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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Tô só começando...

Detesto fase nova... detesto mudar de software... detesto mudar. Começar tudo de novo... criar novas rotinas, lamentar recursos perdidos, enlouquecer com novas possibilidades! Mas é o jeito, o ser humano é mutante e evolutivo (às vezes regressivo). Nem sempre foi assim.

Lembro dos tempos de colégio (bota tempo nisso!) em que a última divisão dos meus cadernos de 10 matérias sempre reservava para divagações literárias. Com o tempo isso mudou. Não havia mais cadernos (entrei na faculdade), não havia mais tempo (comecei a trabalhar), não tinha mais importância (casei, mudei de estado, tive filhos...). Perdi o dom. O dom da escrita exige exercício: se você não usa, atrofia. Dez, vinte anos se passaram e, nesse tempo de doce juventude, a tecnologia assomou à minha porta e eu a agarrei com unhas e dentes: design gráfico, produção gráfica, paginação eletrônica... e agora, depois de muita resistência (a véia aqui foge de novidade, lembra?) abro a primeira página da última divisão do meu caderno... virtual: um blog.

Quando comecei a trabalhar com produção gráfica, busquei alguns dos meus textos preferidos dentro de velhas pastas empoeiradas e tentei organizar tudo em um livro. Chamei até um amigo da área, o saudoso Mário Soares, para me ajudar nessa empreitada, mas o projeto voltou para dentro das pastas a colecionar poeira... Agora, volto a espantar teias e aranhas e pretendo transcrever esses textos, datilografados em folhas de papel, para o universo eletrônico e, com o tempo, pretendo retormar o exercício literário. Quem sabe, talvez, se der certo, novas divagações vão somar-se a essas memórias.

Pretendo trazer para cá também duas coisas que escrevi e que faço de conta que são "livros". Não sei bem como farei isso porque ainda estou enlouquecendo com as novas possibilidades...

Coitadinha da minha filhota que vai ter que aguentar a véia aqui perguntando como é que faz as coisas : )

2 comentários:

  1. Bons fluidos e energia positiva, como diria a monja budista americana Pema Chödrön. Inclusive, estou lendo um livro ótimo dela, intitulado Quando Tudo se Desfaz (ed. Gryphus). Achei a recomendação em um blog (olha só) e não parei mais.

    Boa sorte na nova empreitada. :}

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  2. Gostei muito de ler o que escreves.Ha ali uma simplicidade direta que toca. Uma facilidade em se expressar que faz parecer fácil o ato de escrever.Tive por um momento a ilusão de que ja te conheço. É que o nome Mercedes me soa como uma lembrança, uma lembrança perdida que quero recordar. Justamente de Bh nos anos 80. Mas é uma ilusão bem sei. Voltarei aqui para ler os teus textos.
    Abraço.

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